quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O Começo do Fim

Olá :)

Será que esse é o meu último "olá" por aqui?

São exatamente 03h06 do dia 21 de dezembro de 2012 (no momento em que começo a escrever isso). Sim, já é o dia do fim, como previram os Maias. Até o Google entrou na comemoração, isso me faz ter medo de quem mais pode entrar nesse ritmo de apocalipse. Ainda mais porque eu quero aproveitar meu último dia do melhor jeito possível. Quero festa na lapa e "keep on dancin' 'til the world ends", nas não tão sábias palavras de Britney Spears.

Comprarei o presente de natal do meu dito cujo amanhã e terei de encarar o calor infernal da zona oeste com ameaças de fim dos tempos. É muito amor né.

Refleti durante o dia sobre a minha última postagem e como eu tenho escrito bastante ultimamente. Geralmente só sei o que escrever quando estou triste, mas não me sinto assim agora.
Acho que essa baboseira de fim do mundo misturado com o sentimento natalino me fez pensar melhor na vida boa que eu tenho. Estudo onde eu sempre sonhei, tenho uma família linda, tenho amigos verdadeiros e lindos e tenho o namorado perfeito pra mim...
Quando começo com minhas crises de drama, sempre tento pensar em todas as pessoas que estão em situações bem piores do que a minha. Às vezes não funciona, mas aos poucos faz certo efeito (o que acho que aconteceu de ontem para hoje).

Outra coisa que me ajudou a tirar essa tristeza de mim foi o discurso de um gay no programa "Casos de Família" de ontem à tarde (sim, eu estava assistindo; mas era por puro acidente, não me julgue). Ao julgar uma mulher de outro caso do programa, ele disse que o problema das mulheres é insegurança. Me fez rir bastante com aquele jeito gay de falar, que muitas mulheres tentam imitar pateticamente; mas me fez pensar.
Sempre reclamo da minha insegurança pra qualquer um, mas não me dou conta de que esse é o principal problema (adicionando um pouco de falta de amor próprio).

Acho que vou passar a me manter tranquila... Quem gosta de uma mulher neurótica?
Ninguém.

Passando para frente e seguindo o conselho do meu professor de Realidade Brasileira, prometo, nesse dia do juízo final, que escreverei mais (se o mundo não acabar, claro). Para aprimorar minha escrita e para relaxar. Gosto de escrever, preciso escrever melhor e não me importa o tempo que isso tome.

Não sei se deveria continuar escrevendo tudo nesse blog ou criar outro; só não posso negar que esse aqui é uma relíquia.
Poder ler textos escritos por mim anos atrás é algo incrível e divertido. Dá vontade de apagar algumas coisas e corrigir erros de português, mas é aí que se perde a graça.
Não quero que esse blog seja reconhecido, quero que ele seja apenas algo meu. É um ponto que faz dele especial; a "não-vontade" de reconhecimento me dá liberdade para expor o que quero. Minhas memórias mais recentes que tiveram um lugar para se estabelecer estão todas aqui, para quem se interessar e para a minha diversão em momentos de súbita nostalgia.

Feliz Apocalipse para todos!
(juro que escreverei um post pós-apocalíptico, rá)

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Perfectly Imperfect

Olá :)

Minha última postagem não foi nada agradável e não me fez me sentir melhor.
Acho que soltando um pouco minhas emoções e falando o que eu pensava pra quem importa me ajudou. Tudo bem que deu vontade de chorar na hora, mas, como já disse antes, é assim que tudo se resolve e melhora.
Bom, ainda me sinto insuficiente, mas o que fazer para melhorar isso?

Meu irmão fez uma tatuagem semana passada. Tenho várias ideias de tatuagem pra mim, mas não tenho o dinheiro. Minha mãe se recusa a bancar isso e acho que ela bate no meu pai se ele realmente me der o dinheiro.
Acho tatuagem uma coisa linda e de respeito.
É algo que fica pra sempre, de algum jeito ou de outro. Uma tatuagem tem que significar mais do que um simples desenho. Se transformar em uma obra de arte deve ser mais profundo.
Deve haver algum sentido por trás dela que te faça lembrar de algo só de olhar; algo bonito, que valha a pena ser lembrado.
Acho estranho quem tatua nome de pessoas, já que as pessoas não são pra sempre.
Talvez devesse ser como naquela música da Beyoncé: o nome deveria ser gravado no coração. Não o nome  apenas, todas as lembranças relacionadas a ele. Tudo aquilo que teve alguma influência sobre você.

Já disse pra ele que ele está tatuado no meu coração e penso no que isso pode me levar.
Se apegar a alguém é complicado.

Clichês à parte, "és eternamente responsável por aquilo que cativas"; e ele me cativou.
De verdade, de pouquinho em pouquinho. Com olhares e sorrisos, com palavras suaves e safadas. Através de beijos e mordidas, abraços e cafunés.
Ele sempre diz que não se entrega a qualquer uma, mas eu sempre me pergunto "por que logo eu?".
Tudo bem que eu não sou uma porta qualquer, mas não sou especial. Não pelo que eu considero.

Compartilhamos dessa sensação de não sermos perfeitos um para o outro, mesmo que o outro sempre contradiga.
Talvez, seja a imperfeição que seja perfeita. Como na música do Stone Sour "você era tão perfeitamente imperfeito" (*reflexões sobre esse passado não aceitas aqui*), esse amor é quase como uma blasfêmia.

Logo eu, que depois de tantas decepções me tornei tão descrente com relação a tudo de belo além da amizade e do amor familiar. Não era possível estar sentindo isso, mas a crença de que tudo volta pra mim fez desse sentimento mais forte.

Mais uma vez me pergunto: aonde isso vai me levar?

Penso em um futuro ao seu lado, penso em nossos filhos e nossa casa. Mas será?
Será que você me aguenta até lá?
Será que eu consigo conviver com a ideia de um fantasma idealizado e arquitetado?
Será que eu vou ser insegura pra sempre?

Será que você vai achar alguém melhor?

Com certeza existem pessoas bem melhores que eu nesse mundo. Muito melhores.
Do seu tipo ideal. Com bons contatos, com uma risada gostosa e disposição pra encarar qualquer aventura.
Com interesse na pessoa maravilhosa que você é e nem percebe...

Como qualquer pessoa imperfeita, tenho medo. Medo de te perder e de sofrer por isso. Sofrer mais uma vez...

Meu coração foi despedaçado e com você tentei remendar os pedaços, mas, olhando para trás ou para frente, não importa para onde, os pedaços caem um por um.
Autoflagelação? Acho que não; talvez seja apenas o reflexo de certas ocasiões do meu triste passado que não podem ser apagadas da minha memória.

Ainda te amo e ainda quero você comigo pra sempre, mas...
Talvez seja melhor só mudar meu cabelo mesmo.
Ou então cortar uma franja.

Rs

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

whatever

Olá :)

Fiquei muito feliz ao descobrir que o meu blog só é "descoberto" por pesquisas de imagens por pessoas no Google. Anonimato <3 p="p">
Então, faz um tempinho que eu paro pra escrever sobre o que der na cabeça e eu sinto que tenho muito o que escrever. Porém, não há uma ordem certa na minha cabeça para que eu possa botar meus sentimentos claramente nesse blog anônimo que leva o meu nome. Provavelmente sairei escrevendo aos trancos e aos barrancos como sempre faço e isso vai me fazer sentir um pouco melhor.

Pois bem... Por onde devo começar?
Devo começar escrevendo sobre a insegurança que não sai de mim?
Ou do meu relacionamento que vem dando certo durante 8 meses?
Ou talvez da minha depressão de cada dia ao viajar 4 horas (ou mais) por dia, contando ida e volta da faculdade?
Ou ainda da tristeza que me dá quando eu perco alguma coisa vital (como um Bilhete Único) para a minha sobrevivência social?

Acho que vou começar a falar sobre o último assunto dito, já que ele pode guiar a outro assunto.

Sim, eu perdi "meu" Bilhete Único. Aquele cartão de passagens que faz um monte de integrações e nos faz economizar dinheiro precioso de passagem.
Ele era "meu" porque meu pai me emprestou temporariamente. O cartão era do trabalho dele e recarregava toda semana, logo, eu nunca passaria por nenhum perrengue relacionado ao transporte e à volta ao lar. Nunca passaria, a não ser se eu o perdesse e eu o perdi. Estando com apenas 3 dilmas no bolso, depois de ter comprado um biscoito, tirado xerox e só ter percebido a perda do dito cujo depois de gastar o dinheiro nisso.
Como esperançosa que sou, corri atrás dele. Perguntei pro pessoal da limpeza, perguntei na portaria, até atrapalhei uma aula que estava acontecendo na mesma sala onde eu tive aula mais cedo no mesmo dia.
Já estava tarde e eu não podia mais ficar ali, mas como eu voltaria pra casa?
Não tinha mais jeito e eu liguei pra minha mãe pedindo socorro (obviamente chorando como um neném).
E depois de uma confusão toda e muito choro, eu cheguei em casa tarde pra cacete com a minha mãe que foi me buscar na Central.

O que eu tirei de toda essa confusão foi o sentimento de ódio profundo por mim mesma, ódio por esse transporte "público" (que eu até coloquei na minha prova de Comunicação e Realidade Brasileira) e ódio pelo lugar onde eu moro.
Adoraria morar perto da faculdade, até para poder ter mais tempo pra mim mesma.
Eu só consigo ler os textos que os professores passam na longa viagem do metrô e isso quando eu não estou com sono ou dor de cabeça.
Chego em casa todo dia querendo fazer apenar 3 coisas: comer, tomar banho e dormir. E é apenas o que dá pra se fazer na hora em que eu chego em casa.
E, além disso tudo, para não morrer de fome, tenho que começar a almoçar no máximo às 10h30 da manhã pra não chegar atrasada.

Minha mãe ainda me vem reclamar que eu tô muito gorda e preciso fazer algum exercício físico em alguma academia idiota que não vai fazer bem nenhum pro meu humor. Bom, mãe, eu não tenho nem tempo pra cagar... Vou ter tempo pra ir pra academia? Acho que não.
Falando em tempo pra cagar, meu intestino ainda não se acostumou com os novos horários impostos a ele. Não dá mais pra me aliviar depois do almoço, como eu fazia antes. Sinto muito.
Aí vem a minha mãe reclamar mais ainda, passando todo o estresse dela pra mim e acabando com a estima que eu nem tenho.

E aí começa mais um assunto do dia: insegurança.

Graças aos modelos de beleza de boa parte da sociedade, eu me sinto um lixo mais feio a cada dia que se passa. E não adianta vir com discursinhos, eu vou continuar me sentindo insuficiente.

E graças a mais um aborrecimento, já cansei de escrever essa merda.

Saibam (se alguém estiver lendo isso) que eu tô puta.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Money, all for money!

Olá.

Depois de uma reviravolta na minha vida, comecei a estudar Comunicação Social em outro canto do Rio de Janeiro. Antes, estudava no fim de mundo chamado Seropédica, na Rural. Lá fiz coleguinhas, provas, trabalhos e até um namorado (que me atura até hoje). Graças ao Sisu, consegui passar pra UFRJ pra estudar na ECo, que fica na Praia Vermelha (zona $ul da cidade), no segundo semestre desse ano.
Bom, era o meu sonho ir pra lá. E eu fui.
Depois de conversar com todas as pessoas que poderiam dar suas opiniões e depois de pensar muito, decidi ir mesmo. Iria demorar mais pra ir e voltar, iria ficar longe do namorado e iria ter de começar tudo de novo. Tudo bem. Tudo pelo sonho e pelas oportunidades.
Encarando esse novo mundo de zona $ul, confesso que fiquei encantada. Toda pessoa que mora no subúrbio do Rio é apaixonada pela cidade "cartão-postal". O espaço da universidade era bem legal, as pessoas se mostraram igualmente legais e a semana de integração mais legal ainda.
Logo na primeira semana eu já percebi que se eu me destacasse, teria tudo a meu favor. Bolsas, estágios, laboratórios... Esse monte de coisa que enche os olhos dos calouros começaram a se mostrar.
Quem não quer dinheiro e sucesso nessa vida?

Pois bem.

Pra aula de Teoria da Comunicação, o professor pediu para que nós comprássemos/arrumássemos um livro tal. Eu decidi ir procurar em sebos no centro da cidade, em vão, mas eu fui.
Decidi entrar no prédio de um curso de design e fazer um "tour" pra ver como era. No final, fui falar com o coordenador desse mesmo curso e ele começou a me mostrar as vantagens de fazer tal curso. Me perguntou o que eu fazia da vida e se eu pretendia mesmo me matricular. Eu disse que sim, mas como faço curso de inglês e curso de música não seria possível pagar esse outro curso no momento.
Como bom capitalista que aquele coordenador era, ele começou a estraçalhar os cursos que eu faço no momento. Falou que inglês era bom, mas que com o diploma, eu só poderia trabalhar como professora. Disse que o curso de música só servia como hobbie, porque se eu tentasse ganhar dinheiro com isso, não daria certo.

Isso tudo me fez pensar no sistema idiota da vida de uma pessoa. De novo.

Tudo gira em torno do dinheiro e é só pra isso que vivemos: ganhar dinheiro.

Sim, dinheiro é bom e todo mundo gosta. Dinheiro compra sim a felicidade. Mas a que preço?
Lembrei de alguém dizendo que o homem só vai ficando mais burro rodeado de tantas máquinas que fazem tudo por ele. Digo mais: além de burro, ele fica frio.

Eu sempre penso em como vai ser a minha vida no futuro. Será que eu vou ser rica? Será que eu vou estar casada e com filhos? Será que eu vou ter uma casa legal na zona $ul? Será que eu vou ser uma boa mãe e esposa? Será que eu vou ficar enterrada no trabalho sem tempo pra fazer as coisas que eu gosto?

Muita gente fica nessa situação que eu citei por último e isso me dá arrepios. Só de pensar em não ter tempo pra fazer o que eu bem entender, dá vontade de chorar.
Se eu realmente não tivesse esse tempo, com certeza estaria cortando meus pulsos.

Como diz aquela imagem que vive rodando pelo Facebook: "não perca sua vida tentando ganhá-la".
Faça o que tu queres, pois é tudo da lei.
E enfia uma dentadura no cu e ri pro caralho.

Ok, parei por aqui.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Chorando no banheiro

Eu sei que a minha última postagem aqui foi consequência de um ataque emocional de choro e desespero por causa de um filme e de uma música. Me desculpem a decepção (Sweet Reader O' Mine), mas a postagem de hoje é bem similar.
Sim, eu acabei de chorar.

Por causa de um filme também.
Piorado por palavras escritas.

O diferencial da vez é que a música me ajudou a cessar o choro.

Enquanto eu estava lá, chorando como uma idiota imatura, comecei a retomar meu sentidos e pensei "Vou ouvir Foo Fighters!" Lógico!
Já sabia qual seria a música que eu iria escutar e ela era Bridge Burning (alias, assim que eu a escrevi aqui, fui no Youtube imediatamente ouvi-la de novo).
E o que eu achei incrível é a nossa capacidade de pegar qualquer coisa, trazer para o nosso lado e achar nossas próprias interpretações de tal coisa. Mas enfim...

O filme foi 500 Days Of Summer, aquele filme bonitinho com o (lindo!) Joseph Gordon-Levitt e a fofinha da Zooey Deschanel.
Bom... eu gostaria de fazer uma alusão à uma cena do Joseph (Tom) no filme agora:

EU ODEIO ESSE FILME!

Sim, do mesmo jeito que eu odeio toda e qualquer comédia romântica que me faça chorar como um bebê.

Porém, há um lado bom nisso: quando eu fico triste, eu ganho inspiração para escrever o que quer que seja.

E, adicionando mais um porém: é aí que vem o problema.

Uma das coisas que não voltam é a palavra pronunciada. (Ainda temos problemas com a palavra escrita, mas existem pessoas que se recusam em apagá-las. O que merece um aplauso. Talvez uma salva deles. As palavras escritas e não apagadas podem voltar. Mas, enquanto não são, não voltam.)

Eu me identifico com isso.
Não consigo apagar esse blog de lixo, não consigo apagar meus antigos flogões (uma verdadeira página que deveria ser queimada da minha história) e não consigo negar que alguma vez eles tenham existido.

Ok. Eu não divulgo meu blog.
Sim. É por ele ser lixo e por ser pessoal.

Mas aí eu poderia apenas escrever textos em um diário ou só digitar no Word qualquer coisa.
Verdade, mas minha letra é horrível e escrever aqui é como escrever no Word. Eu só não salvo no meu computador.

Acabei de desviar bastante do assunto e, pros que acreditam em astrologia, isso é um dom dos geminianos.
Além de suas multipersonalidades, opiniões e indecisões.

E isso não vem ao caso mais uma vez.

Ainda não comentei o título da postagem. "Chorando no banheiro".

Não sei porquê, mas eu sempre tive esse fetiche (?) por chorar no banheiro.
Era só trancar a porta, fingir que estava soltando um barro e tentar sufocar os soluços ao máximo para que ninguém te ouvisse. Às vezes até forçar a voz para que ela pareça normal no caso de alguém por acaso ir falar com você.

Sim, foi lá que eu chorei. Mais uma vez.

E lá continuam meus soluços sufocados.


terça-feira, 24 de julho de 2012

No one knows this more than me...


Acabei de chorar. Chorei por nada e por tudo.
Enquanto chorava, pensei em tudo o que poderia estar causando esse pranto, mas percebi que não era nada em especial. Falei para alguém que estava acumulando uma carga emocional grande e que já era mais do que eu poderia suportar. E eu encontro o choro como uma extravação de tudo isso.
Não sei porque ao invés de chorar, me acalmar e ir dormir, decidi escrever alguma coisa. Estou sempre em busca de inspiração pra escrever algo e raramente sei exatamente o que deveria escrever. Nem sei disso agora, só sei que o que quer que seja, precisa sair de mim. Coisas que já aconteceram, coisas que ainda acontecem, coisas que vão acontecer com toda a certeza do mundo e coisas que poderão vir a acontecer ou não. Todas essas coisas. Elas se repetem na minha cabeça e já não entendo o que estou fazendo ou porque essas coisas existem. Vidas, escolhas e destinos estão tão entrelaçados entre si que confundem até a cabeça do mais inteligente dos seres humanos em suas mais profundas reflexões. Continuo pensando e refletindo, mesmo sabendo que tudo isso é inútil. Também sei que será inútil para sempre.
Ainda assim, é um jeito de deixar o peso para trás e acumular novas e diferentes cargas.

Fiz uma pausa para necessidades fisiológicas, lembrei de mais coisas, chorei mais e vi minha imagem deplorável no espelho. Pensei no que eu queria com esse texto (que nem parece que foi escrito por mim) e cheguei a conclusão de que é apenas pra contar isso. Contar para ninguém em especial. Mesmo sabendo que preciso de um abraço e de alguém pra dizer o quanto eu estou sendo dramática e ridícula. Acho que a minha capacidade de escolher as palavras certas e parar de ser sovina na hora de expressar o que eu sinto com alguém que possa me escutar é realmente zero.

Tenho outros dois motivos para essa demonstração tímida e solitária de emoção: um filme e uma música. Sim. Coisas banais que estão presentes na vida de todos. Todos os dias.
A capacidade que temos para nos apessoar do sentimento de outras pessoas é incrível. Todos passamos por alguns problemas na vida. Nem todos são iguais aos das outras pessoas, nem envolvem as mesmas pessoas. Mas sentimento se encaixa em ambas e podemos nos encontrar sentindo isso profundamente.
Indico a música e o filme. Mais para reflexão do que para o sadismo em ver outras pessoas se emocionando e se encontrando em cada contexto individual. Não sou tão má assim.

Pearl Jam - Just Breathe
Into The Wild (Na Natureza Selvagem)

Texto escrito dia 16/07/2012

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Stranger Things Have Happened

"I dream about somewhere
A smoke will fill the air
As I lay awake and wait for you to walk out that door"

Aquele momento estranho quando você começa a olhar pra trás e perceber o quanto as coisas mudaram.

Uma pessoa que sentia qualquer coisa, que possa levar o nome de algum tipo de sentimento, e guardava tudo pra si. Percebendo situações desagradáveis pelo ar. Pedindo desculpas por um crime que não cometeu. Levava um sorriso no rosto e suas razões para sorrir eram simples: é melhor do que chorar. 
A convivência de pessoas muito queridas transformava o sorriso em gargalhada e tudo parecia mais bonito e interminável.
O dia de perceber que isso estava para acabar chegou e a aceitação fez o seu papel.
Todos sabemos que o passado deve ser deixado em seu lugar e que devemos seguir até o futuro.
É aí que entra o presente.

Meu presente pode ser classificado como pura novidade. E digo isso sendo totalmente verdadeira.
Diferentes horários, "meios sociais", pessoas queridas, emoções e responsabilidades.
Acredito que muitas outras coisas podem ser classificadas como diferentes na minha vida nesse meu presente.
Aquela expressão em inglês que não tem uma tradução tão ideal assim, mas que é perfeita por si só em sua "estrangeirisse": it feels good.

Fazendo um mix de passado e presente, devo dizer que minha nova cenora só me traz pensamentos e sorrisos. Acho interessante como tudo foi acontecer desse jeito espontâneo, simples e belo. Tive minhas dúvidas, incertezas e pensamentos que já posso considerar como coisas do passado. Tenho dívidas, certezas e pensamentos que vêm acompanhados de sorrisos bobos e afeto.
E ainda tem gente que diz que não é real...
Não importando o que dizem, só me interessa o que sei que interessa a ele também. De nós dois, a gente é quem sabe.
Naturalmente, meu afeto cresce a cada dia que se passa e pode acreditar que ele é verdadeiro.
Mãos entrelaçadas, abraços tamanho único e aquelas mordidas...
Coisas únicas e que me fazem odiar a hora de dizer "Até logo!" e os momentos em que olho de relance para o lado e vejo que não há a sua presença.
Sim, alguém está se apaixonando.

Nostalgia me chama para o passado e percebo o quão perfeito seria pegar o presente, adicionar colheradas da parte boa do passado e misturar bem. Talvez seja a receita perfeita para a felicidade.


E agora, só um plus:
"Wish I were with you, but I couldn't stay
And every direction leads me away
Pray for tomorow, but for today
All I want is to be home
Stand in the mirror, you look the same
Just looking for shelter,from cold and the pain
Someone to cover, safe from the rain
All I want is to be home
Echoes and silence, patience and grace
All of these moments i'll never replace
No fear of my heart, absence of faith
All I want is to be home
People I've loved, I have no regrets
Some I remember, some I forget
Some of them living, some of them dead
All I want is to be home
"
A música toca de repente e se encaixa perfeitamente...