terça-feira, 24 de julho de 2012
No one knows this more than me...
Acabei de chorar. Chorei por nada e por tudo.
Enquanto chorava, pensei em tudo o que poderia estar causando esse pranto, mas percebi que não era nada em especial. Falei para alguém que estava acumulando uma carga emocional grande e que já era mais do que eu poderia suportar. E eu encontro o choro como uma extravação de tudo isso.
Não sei porque ao invés de chorar, me acalmar e ir dormir, decidi escrever alguma coisa. Estou sempre em busca de inspiração pra escrever algo e raramente sei exatamente o que deveria escrever. Nem sei disso agora, só sei que o que quer que seja, precisa sair de mim. Coisas que já aconteceram, coisas que ainda acontecem, coisas que vão acontecer com toda a certeza do mundo e coisas que poderão vir a acontecer ou não. Todas essas coisas. Elas se repetem na minha cabeça e já não entendo o que estou fazendo ou porque essas coisas existem. Vidas, escolhas e destinos estão tão entrelaçados entre si que confundem até a cabeça do mais inteligente dos seres humanos em suas mais profundas reflexões. Continuo pensando e refletindo, mesmo sabendo que tudo isso é inútil. Também sei que será inútil para sempre.
Ainda assim, é um jeito de deixar o peso para trás e acumular novas e diferentes cargas.
Fiz uma pausa para necessidades fisiológicas, lembrei de mais coisas, chorei mais e vi minha imagem deplorável no espelho. Pensei no que eu queria com esse texto (que nem parece que foi escrito por mim) e cheguei a conclusão de que é apenas pra contar isso. Contar para ninguém em especial. Mesmo sabendo que preciso de um abraço e de alguém pra dizer o quanto eu estou sendo dramática e ridícula. Acho que a minha capacidade de escolher as palavras certas e parar de ser sovina na hora de expressar o que eu sinto com alguém que possa me escutar é realmente zero.
Tenho outros dois motivos para essa demonstração tímida e solitária de emoção: um filme e uma música. Sim. Coisas banais que estão presentes na vida de todos. Todos os dias.
A capacidade que temos para nos apessoar do sentimento de outras pessoas é incrível. Todos passamos por alguns problemas na vida. Nem todos são iguais aos das outras pessoas, nem envolvem as mesmas pessoas. Mas sentimento se encaixa em ambas e podemos nos encontrar sentindo isso profundamente.
Indico a música e o filme. Mais para reflexão do que para o sadismo em ver outras pessoas se emocionando e se encontrando em cada contexto individual. Não sou tão má assim.
Pearl Jam - Just Breathe
Into The Wild (Na Natureza Selvagem)
Texto escrito dia 16/07/2012
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