Olá :)
Fiquei muito feliz ao descobrir que o meu blog só é "descoberto" por pesquisas de imagens por pessoas no Google. Anonimato <3 p="p">
Então, faz um tempinho que eu paro pra escrever sobre o que der na cabeça e eu sinto que tenho muito o que escrever. Porém, não há uma ordem certa na minha cabeça para que eu possa botar meus sentimentos claramente nesse blog anônimo que leva o meu nome. Provavelmente sairei escrevendo aos trancos e aos barrancos como sempre faço e isso vai me fazer sentir um pouco melhor.
Pois bem... Por onde devo começar?
Devo começar escrevendo sobre a insegurança que não sai de mim?
Ou do meu relacionamento que vem dando certo durante 8 meses?
Ou talvez da minha depressão de cada dia ao viajar 4 horas (ou mais) por dia, contando ida e volta da faculdade?
Ou ainda da tristeza que me dá quando eu perco alguma coisa vital (como um Bilhete Único) para a minha sobrevivência social?
Acho que vou começar a falar sobre o último assunto dito, já que ele pode guiar a outro assunto.
Sim, eu perdi "meu" Bilhete Único. Aquele cartão de passagens que faz um monte de integrações e nos faz economizar dinheiro precioso de passagem.
Ele era "meu" porque meu pai me emprestou temporariamente. O cartão era do trabalho dele e recarregava toda semana, logo, eu nunca passaria por nenhum perrengue relacionado ao transporte e à volta ao lar. Nunca passaria, a não ser se eu o perdesse e eu o perdi. Estando com apenas 3 dilmas no bolso, depois de ter comprado um biscoito, tirado xerox e só ter percebido a perda do dito cujo depois de gastar o dinheiro nisso.
Como esperançosa que sou, corri atrás dele. Perguntei pro pessoal da limpeza, perguntei na portaria, até atrapalhei uma aula que estava acontecendo na mesma sala onde eu tive aula mais cedo no mesmo dia.
Já estava tarde e eu não podia mais ficar ali, mas como eu voltaria pra casa?
Não tinha mais jeito e eu liguei pra minha mãe pedindo socorro (obviamente chorando como um neném).
E depois de uma confusão toda e muito choro, eu cheguei em casa tarde pra cacete com a minha mãe que foi me buscar na Central.
O que eu tirei de toda essa confusão foi o sentimento de ódio profundo por mim mesma, ódio por esse transporte "público" (que eu até coloquei na minha prova de Comunicação e Realidade Brasileira) e ódio pelo lugar onde eu moro.
Adoraria morar perto da faculdade, até para poder ter mais tempo pra mim mesma.
Eu só consigo ler os textos que os professores passam na longa viagem do metrô e isso quando eu não estou com sono ou dor de cabeça.
Chego em casa todo dia querendo fazer apenar 3 coisas: comer, tomar banho e dormir. E é apenas o que dá pra se fazer na hora em que eu chego em casa.
E, além disso tudo, para não morrer de fome, tenho que começar a almoçar no máximo às 10h30 da manhã pra não chegar atrasada.
Minha mãe ainda me vem reclamar que eu tô muito gorda e preciso fazer algum exercício físico em alguma academia idiota que não vai fazer bem nenhum pro meu humor. Bom, mãe, eu não tenho nem tempo pra cagar... Vou ter tempo pra ir pra academia? Acho que não.
Falando em tempo pra cagar, meu intestino ainda não se acostumou com os novos horários impostos a ele. Não dá mais pra me aliviar depois do almoço, como eu fazia antes. Sinto muito.
Aí vem a minha mãe reclamar mais ainda, passando todo o estresse dela pra mim e acabando com a estima que eu nem tenho.
E aí começa mais um assunto do dia: insegurança.
Graças aos modelos de beleza de boa parte da sociedade, eu me sinto um lixo mais feio a cada dia que se passa. E não adianta vir com discursinhos, eu vou continuar me sentindo insuficiente.
E graças a mais um aborrecimento, já cansei de escrever essa merda.
Saibam (se alguém estiver lendo isso) que eu tô puta.
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